Short EX e GT

Veloz e atraente, com soluções atualizadas e a tradicional mecânica Volkswagen, novo fora-de-série nacional vem encantando os desportistas. Nem mesmo tem o luxo de um esportivo importado, uma vez que seu projeto inicial previa um carro de corrida. Logo justifica-se que o modelo tenha acabamento espartano. Estamos nos referindo ao esportivo Short EX, Pace-Car da Copa Turismo GNV 2006 na versão GT, uma das atuais propostas de reativação da indústria brasileira de modelos fora-de-série com carroçaria de plástico reforçada com fibra de vidro, a exemplo de grande parte de modelos semelhantes nas décadas de '60 e "70, como o inesquecível Puma. Baixo e curto, (como sua denominação em inglês), o Short EX é o resultado de projeto esportivo iniciado em 1974 pelo acadêmico Fábio Taccari, quando ingressou no Curso de Engenharia Automobilística da FEI, em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. Depois de formado, no inicio da década de '80, Taccari começou a dar asas ao seu sonho, desenvolvendo com garra e técnica, novo projeto de carro de corrida. Mas na época, o mercado de carros fora-de-série estava aquecido, obstáculo que dificultou um pouco a realização de seu projeto, principalmente por falta de financiamento. Mas que procura encontra. E Taccari acabou encontrando um concessionário Volkswagen que acreditou e apoiou seu projeto. O suficiente para a moldagem do "mock-up", ou seja, a maquete em tamanho natural que seria utilizada na produção do molde da carroçaria do Short. Porém, a crise econômica gerada a época do Plano Cruzado, obrigou Fábio a retardar mais uma vez seu projeto, tanto que guardou todo o material desenvolvido em seu sítio, localizado em Ibiúna, interior de São Paulo. Assim, no fim dos anos '90, com o surgimento de inúmeros fabricantes de réplicas e com o aumento das alíquotas para a importação de automóveis, Taccari viu ressurgir a possibilidade de realizar seu sonho. Apesar de contar com poucos recursos, Taccari concluiu o molde da carroçaria e construiu o primeiro protótipo do Short, sobre plataforma VW, equipando-o com motor preparado de 2.200 cm3. Assim, nascido para as pistas, o fora-de-série nacional acabou transformado num belo esportivo urbano, com linhas externas que lembram os esportivos italianos da década de '80. Mas seu "design" tem identidade própria. (BN) OLHO CLÍNICO Embora o esportivo Short tenha recebido muitos elogios, seu construtor aprimorou a moldagem de sua carroçaria, desenhando e construindo, chassi especial, do tipo Lótus Élan, com coluna rígida central e seção em Y na traseira, além de suporte dianteiro para ancoragem da suspensão original do Fusca. À frente do eixo dianteiro, Fábio instalou um cabeçote que atua como uma caixa metálica de paredes laterais sanfonadas, e que tem a finalidade de absorver energia em caso de impacto frontal. A suspensão dianteira é a mesma do VW Sedan, mas com cambagem negativa e ângulo de cáster alterado. E na traseira a mesma suspensão utilizada pela Kombi, além de barra de torção, no caso redimensionadas para o peso do Short EX, que é de apenas 700 kg. Seus bancos-concha são equipados com cintos de quatro pontos, mas forrados com couro. Os freios também são da linha Volkswagen a ar, com discos normais na dianteira e tambores da Kombi na traseira, ambos dimensionados para utilizar as rodas de liga leve de l5 polegadas com cinco furos do M-Benz Classe A, e que muito bem combina com a proposta do projeto. Pneus Toyo Prox ES T-1S, nas medidas 185/45-15 e 205/50-15 (dianteiros e traseiros, respectivamente), calçam o esportivo criado por Taccari. Sua caixa de câmbio tem as mesmas relações do VW SP2, enquanto o motor a álcool, que usa a mesma carcaça de ventoinha da Brasília e da Kombi, teve a cilindrada aumentada para 1800 cm3. A dupla carburação Solex 32 recebe ar pressurizado de uma turbina KKK, que com 0,8 bar de pressão garante ao Short EX 150 cv de potência máxima, lhe possibilitando acelerar de 0 a 100 km/h em 9 segundos e ultrapassar os 200 km/h. Dois radiadores de óleo, instalados nas laterais do capô do motor, garantem eficiente lubrificação. Por ter derivado do projeto de um carro de corrida, não tem porta-malas. Apenas espaço para pequenos volumes atrás dos bancos. Suas pequenas portas não permitem utilização de máquinas para os vidros, que na verdade são duas placas de plástico policarbonato. Seu painel de instrumentos é completo. No módulo principal fica o velocímetro, o manômetro de óleo, o manômetro do turbocompressor, além do conjunto de luzes-espia. No segundo módulo, termômetro de óleo, amperímetro e marcador do nível de combustível. Em Curitiba, está rodando um Short GT amarelo, que é o Pace-Car da Copa Turismo GNV 2006. O IBDA (Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Automobilístico), está vendendo o modelo, especialmente para competição. Em 2007, o IBDA realizará a Copa Short By Turismo GNV, no AIC.
Fonte:
http://www.parana-online.com.br/


FICHA TÉCNICA:
Motor: VOLKSWAGEN, 1.8, 4 cilindros opostos (boxer), 8 válvulas (2 por cilindro), turbocompressor, carburador duplo, gasolina.
Cilindrada: 1.800 cm3
Potência Específica: 102,7 cv/l
Potência: 185 cv a rotação não disponível
Torque: não disponível
Comprimento: 3.500 mm
Altura: 1.660 mm
Largura: 1.060 mm
Freios: Discos ventilados na dianteira e discos sólidos na traseira
Peso: 900kg
Tração: traseira
Câmbio: manual 4 marchas
Velocidade max: 220 kmph
0 a 100 kmph: 7,0 segundos

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