Rossin-Bertin Vorax
O Vorax foge do tradicional padrão fora de série made in brazil (soluções improvisadas, motor AP, problemas de acabamento e orçamento apertado). Sua concepção é obra de Fharys Rossin, um bem-sucedido designer ex-GM que ajudou na elaboração do Camaro atual. Como projetista de um carro próprio, Rossin ganhou a associação de Natalino Bertin Junior, proprietário da importadora Platinuss e milionário desde o berço – é herdeiro de um dos maiores grupos frigoríficos do país.
Os números divulgados por Bertin são impressionantes. Segundo ele já foram investidos 30 milhões de reais em três anos. Outros 35 milhões serão necessários até o lançamento do carro no mercado, no primeiro semestre de 2012. Quando isso ocorrer, seu preço deverá ficar na casa dos 700 mil reais – a mesma faixa de Maserati e dos melhores Porsche, e metade do valor médio de uma Lamborghini ou Ferrari no Brasil.
Os valores relativos ao projeto são justificados pela qualidade construtiva. O chassi de alumínio (exposto no Salão) é fabricado pela Alcoa, o mesmo fornecedor de ninguém menos que a Ferrari. A carroceria leva fibra de carbono, e o motor BMW V10 vem das atuais M5 (em breve ele deixa de equipar as novas BMW, mas supostamente vai continuar em produção). O motor possui cinco litros e terá duas versões, ambas apresentadas no Salão: uma aspirada, com 507 cavalos, e outra com turbocharger para gerar até 750 cavalos. Além disso, todos os sistemas de transmissão, direção, suspensão e freios também terão origem bávara – no caso, o Série 6. Desempenho estimado para a versão mais nervosa: aceleração de 0 a 100 km/h em 3,6 segundos, e uma inacreditável velocidade máxima de 372 km/h.
O Vorax será produzido em Santa Catarina pela empresa que hoje é denominada Rossin-Bertin. São planejadas 300 unidades nos primeiros cinco anos, uma estimativa ambiciosa. No Salão, o modelo aspirado foi apresentado numa carroceria cupê (branco), enquanto o sobrealimentado apareceu como conversível (vermelho). O aspirado já está 100% funcionante, com direito a ronco ensurdecedor em pleno Anhembi, e a qualidade proposta é realmente estimulante, mas o design dividiu opiniões.
Alguns dos presentes (entre jornalistas e pessoal das outras marcas) acharam o carro lindo, agressivo e muito original. Outros consideram que há um excesso de curvas e detalhes sinuosos além do ponto, como num concept car. O interior também causou polêmica, com um volante que não agradou a ninguém. Por outro lado, o Vorax possui conjuntos óticos interessantes, e sugere linhas mais orgânicas que a dos superesportivos atuais. Uma coisa é certa: o contraste com estilos mais limpos como o dos Lambos expostos ao lado no Anhembi fica evidente.
Vídeo do Vorax:
Mais informações:
http://rossin-bertin.blogspot.com
E o Vorax virou um micaço.
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